Fevereiro/ 2025 – Estudo revela crescimento de 6,1% no número de startups e traz dados sobre diversidade e inclusão no ambiente de inovação da região.
O SUPERA Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto realizou, no dia 20 de fevereiro, o evento de lançamento da 6ª edição do Mapeamento do Ecossistema de Inovação da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP). O estudo é uma iniciativa consolidada e de extrema relevância para entender a evolução do ambiente de inovação local, seus atores e as conexões que fortalecem o setor.
Realizado pela equipe de Estudos Setoriais do SUPERA Parque, o mapeamento apresenta um retrato detalhado do ecossistema regional, identificando startups, instituições de ensino, ambientes de inovação e outros atores fundamentais para o desenvolvimento tecnológico e econômico da região. Segundo Bruno Gasparini, um dos responsáveis pelo estudo, “o objetivo é compreender o atual estado do ecossistema e dar mais visibilidade às startups e atores desse cenário, além de analisar a conectividade entre eles”.
A metodologia adotada para o mapeamento segue um rigoroso processo de revisão de dados e identificação de novas startups. A base de dados foi atualizada com informações sobre logo, localização, segmento de atuação e vínculos com ambientes de inovação. Novas startups foram mapeadas a partir de bases públicas, redes sociais e portfólios de ambientes de inovação, além de um formulário divulgado nas redes sociais do SUPERA Parque.
“O estudo resultou em dois produtos: um eBook detalhado, com informações descritivas, e um dashboard interativo, com gráficos e tabelas que permitem uma análise mais técnica e personalizável”, explica Gasparini.
Para participar do levantamento, as startups atenderam a critérios específicos, como possuir CNPJ ativo, ter até 20 anos de fundação, adotar um modelo de negócio inovador e estar instalada na Região Metropolitana de Ribeirão Preto. De acordo com Eduardo Cicconi, gerente do SUPERA Parque e líder da equipe de monitoramento, o trabalho é fundamental para entender de que forma o setor de Inovação pode ser desenvolvido e receber melhorias.
“A ideia do mapeamento é justamente isso, a gente ter esse raio X, conhecer como é que está a região de Ribeirão Preto, a região metropolitana, até para que a gente consiga desenvolver ações que ajudem não só as empresas a se desenvolverem, mas, por exemplo, o poder público, a planejar políticas públicas de incentivo, o empreendedorismo e inovação, aos atores que possam apoiar as startups. A gente só consegue melhorar o que a gente tem se a gente conhecer o que a gente tem”, explica Eduardo Cicconi, gerente do Supera Parque e líder da equipe de mapeamento.
A secretária de Inovação e Desenvolvimento de Ribeirão Preto, Suely Vilela, esteve presente no lançamento da 6ª Edição do Mapeamento do Ecossistema. Segundo a responsável pela pasta, o estudo traz não só o estado da arte ecossistema, mas também carrega função na formulação de políticas públicas.
“Funciona como uma bússola. Para onde nós vamos, que caminho nós devemos percorrer. Então, é extremamente importante. Fiquei muito surpresa, porque não tinha toda essa grandiosidade de dados. Sabia apenas o número total de startups. O estudo é muito mais apoiado e aprofundado. Quero parabenizar todo o grupo que faz, o SUPERA, todos os atores desse ecossistema, que mostram a pujança, um ecossistema dinâmico e sustentável que pode fazer muito a diferença na vida das pessoas”, disse a secretária.
Crescimento expressivo e novos segmentos em destaque
Nesta edição, o mapeamento identificou 348 startups, um crescimento de 6,1% em relação ao estudo anterior. O setor de agritechs foi o que mais se destacou, registrando um aumento de 15,9% no número de empresas em relação ao ano passado. Além do agronegócio, áreas como biotecnologia e saúde continuam a ser as mais representativas na região.
“Dentre os novos critérios de análise, passamos a avaliar o estágio de desenvolvimento das startups com base no Technology Readiness Level (TRL), que mede o nível de maturidade tecnológica, além de identificar startups classificadas como deeptechs e aquelas que recebem fomentos para pesquisa e desenvolvimento”, comenta Gasparini. Outro dado relevante foi a inclusão de 58 novas startups na base de dados, evidenciando o potencial de crescimento contínuo do ecossistema de inovação local.
Diversidade e inclusão ganham destaque
Um dos pontos que continuaram recebendo destaque no mapeamento foi a análise de diversidade e inclusão no ecossistema. Dados revelam que 5,6% dos fundadores das startups se identificam como parte da comunidade LGBTQIAPN+, um percentual acima da média nacional de 5,1%.
Na questão da diversidade racial, a proporção de fundadores não brancos também cresceu, passando de 16,6% para 20,9%. Esse avanço reforça a importância de um ambiente de inovação mais representativo e inclusivo. “Esses resultados mostram que estamos caminhando na direção certa, promovendo um ecossistema mais diverso e acessível, o que é essencial para a inovação”, destaca Gasparini.
Para a secretária Suely Vilela, o aumento da representatividade feminina no setor é um motivo de orgulho e que comprova a inclusão de gênero no setor. “Fiquei muito feliz também ao ver que as mulheres têm uma participação efetiva Era um dado que realmente me surpreendeu, porque geralmente, como toda a nossa sociedade, o nosso modelo, a nossa cultura, ela é masculina, também imaginava que esse nosso ecossistema fosse predominantemente. Então, parabéns às mulheres que estão ocupando, mostrando que conseguem fazer também, em qualquer área, as mulheres estão presentes e com muita competência”, completa.
Lançamento do eBook e networking
O evento de lançamento do estudo foi uma oportunidade para empreendedores, startups e demais interessados se conectarem e conhecerem, em primeira mão, os dados mais recentes do ecossistema. Os participantes tiveram acesso antecipado ao eBook do mapeamento, que pode ser acessado através do link: https://mapeamento2024.softr.app/, que também será disponibilizado nas redes sociais do SUPERA Parque.
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