Phelcom participa de projeto de tecnologias e telessaúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), ligado ao Ministério da saúde
A startup Phelcom, ligada ao Supera Parque de Inovação e Tecnologia, está levando exames oftalmológicos para comunidades indígenas brasileiras. A empresa participa de um projeto de tecnologias e telessaúde, promovido pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), órgão do Ministério da Saúde, com objetivo melhor atender os indígenas brasileiros.
Com o retinógrafo portátil criado pela startup, é possível a realização de exames oculares mesmo em localidades onde o atendimento à saúde é precário. “O aparelho é portátil e acoplado a um celular, possibilitando examinar frente e fundo de olho e diagnosticar diversas doenças em poucos minutos, sem a necessidade de dilatação da pupila”, explica Flávio Paschoal Vieira, sócio da startup.
O Eyer está há dois anos no mercado e conta com a aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com ele, a startup já examinou muitas pessoas em diferentes localidades do Brasil. O projeto piloto aconteceu na aldeia indígena Rio das Cobras, em Laranjeiras do Sul. No momento, está sendo implantado em diversas outras aldeias que possuem uma UASI – Unidade Avançada de Saúde Indígena.
Reginaldo Ramos Machado, Secretário Especial do SESAI, ressalta que com o avanço do projeto de telemedicina, o atendimento aos indígenas será otimizado “Os indígenas não precisarão se deslocar para a cidades próximas, o que otimizará o emprego de recursos humanos e financeiros, aproximando a atenção básica da média complexidade, ajudando na prevenção de doenças e acelerando os tratamentos e curas. Os equipamentos elevam em 30% os índices de resolutividade. De cada 100 demandas, 50% eram resolvidas e, com a chegada dos equipamentos e a capacitação dos nossos profissionais, passaremos para 80% de resolutividade no atendimento”.
Healtechs são resposta à sociedade
As healthtechs brasileiras têm democratizado o acesso à saúde de qualidade desenvolvendo produtos e serviços que podem aprimorar a telemedicina, além de equipamentos de qualidade mais tecnológicos. Mapeamento HealthTechs 2022 realizado pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), em parceria com a Deloitte, destaca que 45% das startups especializadas em saúde no Brasil foram criadas entre 2019 e 2021.
Na análise do estudo, esse boom do setor é uma resposta à pandemia e ao desenvolvimento de soluções para a melhora da qualidade de vida dos brasileiros. Especialmente, em comunidades mais distantes e aldeias, por exemplo, quando o assunto é exames.
“Identificamos um alto custo para exames simples, gastando mais com passagem de helicóptero do que medicamentos e o tratamento em si. Muitas vezes não eram necessário deslocamento e o atendimento em centros de especialidades. Criamos um KIT tecnológico de equipamentos e treinamentos que poderem ser instalados nos postos de saúde das próprias comunidades”, explica Carlos Colares, Assessor Técnico do SESAI.
SUPERA PARQUE
O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, gerido pela Fipase, é resultado de uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. Instalado no Campus da USP local, o Parque abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (PISO), além do Supera Centro de Negócios.
Ao todo, são 79 empresas instaladas no Parque, sendo: 57 delas no Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica; e 22 empreendimentos no Centro de Negócios. O Parque Tecnológico está em expansão com a urbanização de lotes para instalação de empresas e a implantação do Container Park, um novo complexo empresarial. Outras informações sobre o Parque estão disponíveis no site superaparque.com.br
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