Janeiro, 2025 – As inovações tecnológicas têm impactado profundamente a forma como as pessoas se relacionam, consomem e produzem. Os benefícios são muitos, mas também há desafios.
Foto por Christina Morillo (pexels)
O avanço de dispositivos como celulares, tablets e notebooks ampliou a conectividade, permitindo que as pessoas estejam online em diversas situações, seja no trânsito, no trabalho ou no lazer. Essa conectividade, levanta questões relacionadas à privacidade, especialmente no contexto do uso de dados gerados por algoritmos.
Plataformas de música podem utilizar dados sobre as preferências musicais dos usuários para personalizar recomendações ou para outros fins comerciais. Da mesma forma, aplicativos de GPS podem sugerir estabelecimentos próximos com base na localização do usuário. Essas práticas exemplificam o uso de dados pessoais, o que pode levantar questões relacionadas ao consentimento e à transparência na forma como as informações são coletadas e utilizadas.
Segurança de dados pessoais
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil estabelece diretrizes rigorosas para a coleta, armazenamento e uso de dados pessoais, obrigando as empresas a obterem consentimento explícito dos usuários, justificarem o tratamento de dados sensíveis e garantirem mecanismos adequados para a segurança dessas informações.
Incidentes relacionados à segurança de dados continuam sendo registrados. Em dezembro de 2024, o Banco Central informou o vazamento de dados de 1.500 participantes de uma pesquisa sobre hábitos de pagamento. Informações como nome, endereço e nível de renda foram expostas, destacando os riscos associados à segurança de dados. Casos como esse podem gerar prejuízos significativos, pois possibilita que os golpistas consigam interagir com essas vítimas, usando desses dados para dar credibilidade, se fazendo passar, por exemplo, por bancos para obter vantagens financeiras.
Segundo a matéria, as pessoas podem tomar algumas medidas para trazer mais segurança para seus dados, como autenticação em duas etapas, criação de senhas fortes, tomar cuidado com e-mails desconhecidos e links que sejam duvidosos e não compartilhar informações pessoais sem necessidade.
Desigualdade no acesso à tecnologia
A pandemia de Covid-19 destacou a desigualdade no acesso à tecnologia no contexto do ensino remoto. Em 2020, aproximadamente 83% das escolas enfrentaram dificuldades devido à falta de equipamentos como computadores, smartphones e tablets nas residências dos estudantes, o que dificultou a realização das atividades online. Segundo a pesquisa TIC Educação 2020, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (cetic.br), vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil, essa carência foi um dos principais desafios do período.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente um terço da população mundial ainda não tem acesso à internet. A matéria aponta diversas barreiras que contribuem para essa falta de acesso, incluindo conexões lentas, pacotes de internet caros, desigualdade digital, barreiras linguísticas e discriminação de gênero. Além disso, a falta de energia elétrica em várias regiões do mundo também é identificada como um obstáculo.
Há uma desigualdade no acesso à internet entre as nações, com uma grande parte da população sem conectividade localizada em países em desenvolvimento, especialmente na América Latina, África e Ásia. Esse desequilíbrio pode levar a uma dependência tecnológica dos países em desenvolvimento em relação às grandes potências, como Estados Unidos, China, Japão e Coreia do Sul. Tal dependência pode gerar preocupações geopolíticas, já que em contextos de conflitos ou emergências, essas potências poderiam limitar exportações, impor sanções ou priorizar seus próprios interesses, afetando a dinâmica internacional.
Este conteúdo foi elaborado por Tauany Ferreira, Social Media do SUPERA Parque.