Uso de games e algoritmos promovem melhorias no aproveitamento e engajamento dos alunos
O aprendizado da matemática é uma das tarefas consideradas mais difíceis pelas crianças que frequentam o ensino fundamental, já que a linguagem da matéria é composta de símbolos e exige raciocínio lógico e dedutivo. Inserir no cotidiano da criança formas mais lúdicas de assimilar o conteúdo e estimular o pensamento por meio de games pode transformar o que parecia um fardo em diversão.
Érica Stamato, diretora executiva da startup Educacross – ligada ao Supera Parque de Inovação e Tecnologia, explica que é importante que, desde cedo, a criança acredite na sua capacidade de resolver desafios para aprender matemática. “Além disso, ela precisa explorar um bom repertório de problemas que lhe permitam avançar no processo de formação de conceitos. É importante que isso ocorra de forma personalizada e que cada criança tenha o seu ritmo respeitado”, diz.
Uma alternativa é aproximar a matemática apresentada na escola do dia a dia da criança. “Uma criança pode se sair muito bem resolvendo um problema real, mas não reproduzir esse saber numa avaliação estruturada. São muitas as variáveis que influenciam o rendimento do aluno, além da presença e notas de prova.”, explica Érica.
Utilizar estratégias de aprendizado baseado em jogos (game-based learning) torna esse desafio muito mais envolvente e ainda auxilia que professores detectem quais são os pontos de maiores dificuldades dos seus alunos. “Isso é possível graças às técnicas de Big Data e Machine Learning, ou seja, Inteligência Artificial. Os padrões comportamentais mais complexos emergem quando são utilizadas essas técnicas ao invés de uma simples análise estatística”, diz.
O uso das técnicas é uma tendência mundo à fora: em Nova Iorque, por exemplo, a plataforma iLearningNYC, tem sido usada em cerca de 300 escolas. Na Califórnia, há escolas que utilizam play list de vídeos e textos em plataforma digital, adaptadas de acordo com as deficiências do ensino”, revela.
Auxílio na tomada de decisão
Na plataforma desenvolvida pela startup Educacross é possível mensurar o engajamento, a perseverança, a performance e o tempo gasto numa tarefa. Estes dados, somados aos algoritmos de Inteligência Artificial, permitem traçar um perfil de cada aluno e suas experiências personalizadas.
“Por meio da análise de desempenho dos alunos e turmas, a qualquer momento é possível articular com a equipe escolar novas abordagens e ações educativas. Os dados auxiliam o professor no ensino e aprendizagem da matemática, no tratamento da heterogeneidade dos grupos e na entrega de informações de desempenho e interação dos alunos”, explica Érica Stamato.
Com a possibilidade de personalizar trilhas de aprendizagem com jogos e orientações desenvolvidos segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais e Matrizes como a BNCC, o professor pode criar roteiros personalizados com os jogos para toda a sala, para grupos e alunos individualmente. “Assim, é possível ajustar a quantidade de trabalho e motivação de cada perfil de aluno”, enfatiza
A diretora ressalta que a análise dos dados mostra que o uso de plataformas e técnicas de inteligência artificial contribuem para o desenvolvimento do aprendizado. “Em dois anos, contabilizamos mais de 16 milhões de exercícios resolvidos com o uso da plataforma. Com os dados coletados é possível observar que aos alunos apresentaram melhora tanto no aproveitamento quanto no engajamento em matemática. Este é um excelente indicativo de eficiência da plataforma na aprendizagem não tradicional”, finaliza.
Sobre a startup Educacross
A Educacross está, atualmente, no Centro de Negócios do Supera Parque de Inovação e Tecnologia, em Ribeirão Preto (SP). A empresa desenvolvedora de soluções educacionais inovadoras na Educação Infantil e Ensino Fundamental conta com equipe multidisciplinar com vasta experiência na área Tecnológica e Educacional.
Foi vencedora do Prêmio Lide em 2016; eleita uma das Startups mais promissoras e inovadoras em 2015; entrou no programa BizSpark de apoio da Microsoft em 2017. A empresa recebeu apoio em projetos com CNPq e FAPESP, participou do Programa de Aceleração do Facebook – FBStart e parcerias com Laboratórios de Pesquisa na USP e UFSCar.
Supera Parque
O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto é resultado de uma parceria entre a Fipase, a Universidade de São Paulo (USP), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. Instalado no Campus da USP local, o Parque abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (PISO), além do Supera Centro de Negócios.
Ao todo, são 74 empresas instaladas no Parque, sendo: 52 delas na Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica; 15 empreendimentos no Centro de Negócios e 7 na aceleradora SEVNA Startups.
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