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Especialista alerta sobre importância da vacinação em crianças

Campanha contra Poliomielite e Sarampo acontece até dia 31 de agosto em todo o país. Crianças até 4 anos devem ser vacinadas

Até o dia 31 de agosto, o Brasil inteiro estará em campanha de vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo – voltada para crianças de um a quatro anos de idade. Apesar de todos os alertas feitos por especialistas sobre a importância de manter as vacinas em dia, muitos pais têm aderido ao movimento de não-vacinação, que pode representar graves perigos para a saúde das crianças e sequelas para toda a vida.

Carolina Caliari, da startup In Situ – empresa ligada ao Supera Parque de Inovação e Tecnologia, é especialista em imunologia e explica que as consequências do movimento de não-vacinação podem ter consequências desastrosas para a população, com o retorno da incidência de doenças graves que já se encontravam erradicadas. “A diminuição da cobertura vacinal, em um mundo globalizado onde as pessoas circulam a cada dia com maior facilidade, é a porta necessária para que as doenças entrem e ganhem força. Quanto mais pessoas forem vacinadas menor o riso de incidência da doença, mesmo que algumas pessoas não tenham sido vacinadas. Quando essa balança se inverte os riscos aumentam e todos são prejudicados estando sujeitos a contrair doenças que poderiam ser prevenidas”, alerta.

A especialista explica que o movimento de não-vacinação surgiu a partir de um artigo científico de pesquisadores ingleses que levantaram a hipótese de que o autismo estaria relacionado à vacina MMR, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba. “Essa hipótese nunca foi confirmada, sendo refutada pela comunidade científica. Identificou-se conflito de interesse por parte do autor, além da manipulação dos dados. Outros grupos tentaram associar o autismo a componentes da vacina também sem sucesso”, diz.

A campanha se intensificou, ganhando apoio de pais que acreditam, entre outras coisas, que as vacinas não são medicamentos naturais e que por isso trariam malefícios ao sistema imunológico da criança.  “Com exceção de crianças alérgicas a componentes das vacinas, não existe explicação totalmente aceitável para não vacinar.  Além disso, o medo e a insegurança dos pais com relação às vacinas não deveriam ser maiores do que o medo de se contrair a doença, que representa um perigo muito mais grave”, argumenta.

A pesquisadora lembra que a descoberta das vacinas pode ser considerada uma das grandes descobertas da medicina. “A partir da descoberta das vacinas, doenças que dizimavam populações foram erradicadas. A primeira vacina parecida com a que conhecemos hoje foi resultado da pesquisa do médico britânico Edward Jenner e, de lá para cá, mais de 200 anos de pesquisas sérias têm comprovado a segurança e a eficácia da vacinação na promoção de imunização coletiva. Nenhum boato deveria ser mais forte do que os benefícios observados por todos esses anos”.

Efeitos colaterais?

Apesar de algumas pessoas alegarem que as vacinas têm substâncias perigosas e que causam efeitos colaterais, Carolina Cariali enfatiza isso não é verdade. “Algumas vacinas são compostas por partes do vírus ou por vírus inativados e isso gera a confusão, mas é importante salientar que esses vírus não são capazes de gerar doença, funcionam apenas para “ensinar” nosso sistema imunológico a combatê-los contra um ataque futuro”, explica.

O que pode ocorrer é que algumas pessoas que têm alergias a componentes das vacinas, como por exemplo a proteína do ovo ou gelatina, podem apresentar reações indesejáveis. Nesses casos existem esquemas especiais para a vacinação ou contraindicação.

Epidemia

Sobre possíveis epidemias, a especialista acredita que a chance de ocorrência é pequena, já que existe cobertura de grande parte da população que já foi vacinada. “As epidemias são casos extremos, onde uma grande parte da população é contaminada. Entretanto, não custa lembrar que o impacto negativo de algumas doenças, como a paralisia infantil, por exemplo, é considerável mesmo que uma pequena quantidade de pessoas seja contaminada, uma vez que a doença pode levar a sequelas permanentes e até mesmo morte”, ressalta.

Ela alerta que a prevenção é sempre o melhor caminho. “Vacinar é um ato de amor e altruísmo, principalmente a vacinação de crianças, pois esse ato pode representar a proteção de uma vida. Manter a carteira de vacinação das crianças em dia é tão importante quanto garantir que elas estejam bem alimentadas”, diz. “Grande parte das vacinas, é oferecida pelo Sistema Único de Saúde sem nenhum custo e os benefícios são intangíveis”.

Além das crianças, adultos também devem manter a vacinação em dia, já que algumas vacinas necessitam de doses de reforço, a cada dez anos por exemplo.  “Seguir as recomendações do Ministério da Saúde e estar em dia com as vacinas, independentemente da idade é imprescindível.  A vacina contra gripe, por exemplo, pode impedir a morte de idosos”, finaliza.

Supera Parque

O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto é resultado de uma parceria entre a Fipase, a Universidade de São Paulo (USP), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. Instalado no Campus da USP local, o Parque abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (PISO), além do Supera Centro de Negócios.

Ao todo, são 81 empresas instaladas no Parque, sendo: 58 delas na Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica; 16 empreendimentos no Centro de Negócios e 7 na aceleradora SEVNA Seed.

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