A conexão entre startups em diferentes estágios de desenvolvimento tem se mostrado uma importante ferramenta para o amadurecimento de negócios inovadores de base tecnológica. Para quem está começando, conviver com empreendedores e pesquisadores que já estão na estrada há mais tempo encurta o caminho rumo ao sucesso.
Em um habitat como o do SUPERA Parque, por exemplo, startups em estágio inicial têm a oportunidade de acessar empresas que já estão inseridas no mercado. A convivência é muito rica, principalmente pela troca intensa de informações entre os empreendedores.
Por ser um ambiente de muita colaboração, os projetos conseguem encontrar mais rapidamente soluções para os problemas encontrados no dia a dia da sua operação. Isso se traduz tanto na troca de informações técnicas em suas áreas de atuação, quanto nos contatos de fornecedores e parceiros, dicas de editais de financiamento e, até mesmo, para pensar em soluções conjuntas entre as empresas.
Mais do que isso: os veteranos estão sempre dispostos a compartilhar suas experiências, aquilo que deu certo ou errado em sua jornada, ampliando os horizontes para quem está chegando. O próprio ambiente cria uma atmosfera favorável para que os empreendedores possam compartilhar suas dúvidas e incertezas, ouvir ideias e opiniões diversas que podem ser a chave para resolver suas dificuldades.
MENTORIAS
Os mais antigos acabam, de certa forma, se tornando mentores dos mais novos e esse apoio faz com que, quem está apenas começando, se torne muito mais confiante. Hebert Hanna Ita, CSO da FastBio, por exemplo, faz questão de compartilhar sua experiência com os empreendedores que chegam ao Parque em temas que, como ele diz, deram certo e errado na sua trajetória.
Para quem quer saber se está no caminho certo do negócio, Ita indica que a conversa com os mais variados players do setor, como investidores, gestores, técnicos, pode ser um bom indicador para o desenvolvimento de empresas de base tecnológica. Mas não é só isso: é preciso estar aberto às sugestões e pitacos, contando sempre com uma rede confiável de contatos.
“Outra estratégia é dispor de mentorias técnicas e de negócio. Essas conversas costumam dar um salto evolutivo no negócio”, diz.
Para empresas de vendas, a dica do CSO é ficar de olho no faturamento e nas questões financeiras. “É preciso avaliar se o crescimento é condizente com o mercado, e se as margens são compatíveis com a saúde de seu negócio”.
VALIDAÇÃO
Outro ponto importante da convivência entre as startups de diferentes estágios de desenvolvimento é que os empreendedores mais experientes podem contribuir para a validação de ideias de quem está apenas no começo. “Parece clichê, mas acontece muito. As pessoas chegam com uma ideia de pesquisa que tem inovação, mas não sabem se ela já está no mercado, quem são os clientes, se há interesse por essa ideia. Sempre mostro a importância da validação da ideia”, diz Gustavo Cadurim, CEO da Yosen.Ele vai além!
Explica que o empreendedor precisa entender a escalabilidade do seu negócio: quem vai produzir o produto ou serviço, como ele vai ser entregue e se é possível ser produzido em grande escala. Para isso, a troca de experiência com empreendedores que atuam em um ramo similar pode ser muito esclarecedora.
Outro ponto importante é que estar em um ambiente de startups permite ao empreendedor a convivência com pessoas que compartilham de um mesmo propósito. “O empreendedor precisa estar cercado de pessoas boas e que compartilham do mesmo propósito, com um objetivo muito claro e definido tanto de vida quanto profissional. Além disso, precisa estar com quem tem conhecimento técnico e que esteja disposto a investir tempo e compartilhar informações”, finaliza.
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