Empresa de Ribeirão Preto é assistida pelo SUPERA Parque e tem como objetivo reduzir custos de produção do insumo, hoje, totalmente importado
A Biosab, startup de biotecnologia focada no desenvolvimento de soluções para a produção de cepas de leveduras para o mercado cervejeiro e de etanol, obteve aprovação na Fase 1 do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Com isso, avançará no desenvolvimento de tecnologias inovadoras de leveduras para indústrias de cerveja
A Fase 1 do PIPE proporciona um período de até 9 meses de acompanhamento e um orçamento de até R$ 300 mil (mais Reserva Técnica e Benefícios Complementares). O Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas da FAPESP destina-se a apoiar a execução de pesquisa científica e tecnológica em pequenas empresas no Estado de São Paulo.
“É um momento importante para nós. Com esse aporte, iremos desenvolver mais a nossa solução. Esse apoio também contribuirá para o nosso desenvolvimento mercadológico, aumentando nossa competitividade, visando a redução dos custos de produção desse insumo, atualmente totalmente importado”, destaca a Dra. Paula Bizzi, co-fundadora da Biosab e responsável pelo projeto.
A levedura cervejeira seca
As leveduras, também chamadas de fermento, são utilizadas no processo de fermentação do malte da cevada para transformação dos açúcares em álcool, além de serem responsáveis por parte dos aromas e sabores desejados na bebida. A meta da empresa é desenvolver o processo de secagem de leveduras cervejeiras e diminuir os custos de produção deste insumo para melhorar a competitividade nacional, uma vez que, hoje, este é totalmente importado.
A Biosab tem como objetivo fornecer a levedura cervejeira seca em pequena escala e, posteriormente, quer aumentar a escala de produção para uma maior inserção no mercado.
“Esse projeto visa oferecer uma alternativa nacional e reduzir os custos dessa matéria-prima que hoje é importada e ajuda a onerar os custos de produção da bebida, além, da possibilidade de romper os desafios mercadológicos e logísticos que a levedura líquida enfrenta atualmente. Após concluídos os ensaios, deve-se submeter a um novo projeto de Fase 2 para o desenvolvimento de escalonamento da produção, comercialização e introdução dos resultados do projeto no mercado”, explica a Sabrina Ciane Condi, fundadora da Biosab.
Para Saulo Rodrigues, gerente da SUPERA Incubadora, o projeto ganhou tração com esse investimento, para sua expansão. “O sucesso do projeto da Biosab não apenas representa um avanço para a região, mas também oferece uma excelente opção de insumos nacionais para todo o país. E é esta a nossa missão aqui, de desenvolver negócios que ganhem o mundo, assim como muitos outros assistidos pelo SUPERA Parque”, destaca.
A empresa, localizada em Ribeirão Preto, é assistida pelo SUPERA Parque desde setembro de 2022 e foi incubada presencialmente em agosto deste ano, após receber um aporte da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Ribeirão Preto é a 11ª cidade com maior número de cervejarias do Brasil, que hoje conta com 1729 cervejarias registradas.
SUPERA Parque
O SUPERA Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, gerido pela FIPASE, é resultado de uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. Instalado no Campus da USP local, o Parque abriga a SUPERA Incubadora de Empresas, o SUPERA Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo de Inovação em Software (PISO), além do SUPERA Centro de Negócios.
Ao todo, são 78 empresas instaladas no Parque, sendo: 51 delas na SUPERA Incubadora de Empresas de Base Tecnológica e 27 empreendimentos no Condomínio da Inovação. O Parque Tecnológico está em expansão com a urbanização de lotes para instalação de empresas e a implantação do Container Park, um novo complexo empresarial. Outras informações sobre o Parque estão disponíveis no site superaparque.com.br.
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