Aplicativo Super Mãe vence 1º Hackathon Hacking Health do Brasil

Evento reuniu mais de 80 profissionais que, durante três dias, desenvolveram soluções para gargalos da área da saúde

 

Um aplicativo que pretende aumentar o engajamento das mães com questões relacionadas à saúde dos filhos: essa é a proposta do Super Mãe, vencedor do primeiro Hackathon Hacking Health, realizado no último final de semana em Ribeirão Preto. O evento reuniu mais de 80 profissionais, que durante três dias ocuparam uma das praças de eventos do RibeirãoShopping, discutindo inovações e soluções para a área da saúde.

Raulo Ferraz, um dos responsáveis pela criação do aplicativo vencedor, explica que a ideia é desenvolver um produto onde as mães ganham pontos ao realizarem rotinas referente à saúde dos filhos. “A mãe, ao levar o filho às consultas mensais no pediatra ou realizar as vacinações, por exemplo, ganhará pontos que poderão ser trocados por produtos ou descontos em lojas parceiras”, explica.

Além de incentivar as mães a se engajarem ainda mais na saúde das crianças, a intenção do aplicativo é possibilitar a descoberta precoce de possíveis doenças. “Percebemos que algumas amigas não levam os filhos para tomar vacina, por exemplo, por medo das reações, o que é uma visão muito antiga. Existem também as dúvidas sobre o calendário de vacinação e são questões que queremos resolver”, enfatiza.

Ferraz destaca também que a importância da participação na maratona de desenvolvimento vai além do prêmio recebido. “O legal de participar de eventos como o hackathon é que ele nos possibilita criar um networking bastante forte. A equipe foi formada por três amigos junto com mais dois profissionais da área da saúde e que trabalham em maternidades e em saúde suplementar que têm conhecimento muito grande e conseguem nos levar para o mercado”.

Evento inédito no Brasil

O Hackathon de Ribeirão Preto foi o primeiro do movimento Hacking Health a ser realizado no Brasil. A maratona de programação tem origem no Canadá e já acontece em mais de 30 países, reunindo designers, empreendedores, clínicos, desenvolvedores, pacientes e entusiastas da área da saúde.

O movimento reuniu pessoas de diferentes áreas que não se conheciam, mas que se juntaram em grupos para trabalhar os três dias, desenvolvendo soluções para problemas da saúde. Também foram realizadas palestras abertas ao público, com temas como inovação, saúde e empreendedorismo.

“É um evento muito importante que vem sendo organizado há um ano com a realização de clínicas, encontros e cafés. Ele se diferencia por também ter sido realizado dentro de um shopping, o que possibilita que a população possa conhecer o que é uma startup e como elas trabalham”, enfatiza Eduardo Cicconi, gerente do Supera Parque de Inovação e Tecnologia e coordenador do evento.

Para o gerente, a realização do Hackathon contribui para reforçar o ecossistema empreendedor da cidade, chamando a atenção de outras iniciativas semelhantes do Brasil e do mundo.

“Ribeirão Preto vem se destacando no cenário de startups e vem se desenvolvendo de maneira bastante consistente. Houve um salto muito grande no número de pessoas impactadas e o número de iniciativas que surgiram nos últimos dois anos. A expectativa é que esse número cresça ainda mais em 2016 e que possamos realizar outras iniciativas como essa em 2017”, avalia Cicconi.

Já Carlos Braga, gerente do Núcleo de Inovações da São Francisco – patrocinadora de evento, destaca a importância do evento para a criação de soluções que tornem a saúde mais acessível à população. “Hoje, a população vive mais e com cada vez mais patologias crônicas. As tecnologias desenvolvidas em eventos como esse, ajudam o paciente a cuidar da saúde e ajudam às operadoras de saúde, seja público ou privado, a fazerem a gestão mais eficiente dos serviços prestados”, destaca.

Sobre os projetos desenvolvidos pelas 11 equipes participantes durante a maratona, Braga destaca o fato de serem projetos pensados para a melhoria da saúde da população. “Existe uma mudança de mentalidade: hoje deixamos de pensar em doença para pensar em saúde. A ideia é, invés de dar suporte para a pessoa somente quando existe a doença, evitar que elas fiquem doentes”, enfatiza.

Apoios

O primeiro Hackaton do movimento Hacking Health teve o apoio da Câmara de Comércio Brasil – Canadá; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), Sevna Seed, Arranjo Produto Local (APL) da Saúde de Ribeirão Preto e Região, e do Polo Industrial do Software (Piso), Supera Parque de Inovação e Tecnologia e Agência USP de Inovação.

Patrocínios do grupo São Francisco, RibeirãoShopping, Philips, iClinic, Centro Universitário Barão de Mauá, Done 3DStore, Pousada Santa Rita e Supera incubadora de Empresas de Base Tecnológica.

Sobre o Hacking Health

O Hacking Health é um movimento que visa soluções dos problemas de saúde, unindo profissionais da saúde, tecnologia, empreendedores e sociedade em geral. Durante o ano, são realizados cafés onde os participantes podem assistir palestras, conhecer novas pessoas e discutir sobre os problemas vividos por profissionais como médicos, enfermeiros e administradores de hospitais.O objetivo é buscar soluções que possam ser desenvolvidas com o auxílio da tecnologia por profissionais da área, como desenvolvedores, técnicos de TI e programadores.

Supera Parque

O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto é resultado de uma parceria entre a Fipase, a Universidade de São Paulo (USP), Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo. Instalado no Campus da USP local, o Parque abriga a Supera Incubadora de Empresas, o Supera Centro de Tecnologia, a associação do Arranjo Produtivo Local (APL) da Saúde, o Polo Industrial de Software (PISO), além do Supera Centro de Negócios.

Ao todo, são 51 empresas instaladas no Parque, sendo: 40 delas na Supera Incubadora de Empresas de Base Tecnológica; 10 empreendimentos no Centro de Negócios e 2 no SEVNA.

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